sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A Lua já se Pôs



A lua já se pôs,


as Plêiades também:


meia-noite; foge o tempo,


e estou deitada sozinha.


Safo




25 - Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

O dia 25 e novembro foi declarado o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher no 1º Encontro Feminista da América Latina e Caribe, realizado em Bogotá, em 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas” - codinome utilizado em atividades clandestinas desempenhadas pelas irmãs Mirabal, Minerva, Pátria e Maria Tereza - heroínas da República Dominicana, brutalmente assassinadas nesta data em 1960 pela ditadura de Rafael Leônidas Trujillo.

Em comemoração a data, alguns dos eventos no dia da Não-Violência contra a Mulher, são a Vigília pelo Fim da Violência Contra a Mulher e a Campanha Brasileira do Laço Branco.

Nossas vozes não podem calar e nossos passos não devem parar.

QUANDO MINHA AMADA CHEGAR

Quando um dia minha amada chegar
não me temerá, nem eu a ela.
Olhará em meus olhos com confiança, com emoção,
e neles encontrará um amor tão puro,uma ternura tão linda,
forte, genuínaque seus olhos se encherão de lágrimas...
Encostará sua cabeça cansada em meus ombros,
sentirá as batidas de meus coração e
o quanto ele só deseja vê-la feliz....
Saberá que sou sua amiga leal,
hoje, amanhã, eternamente,
que jamais a trairia ou machucaria,
saberá que torcerei por ela até o dia de minha morte,
e que mesmo depois disso ainda estarei do seu lado.
Quando um dia minha amada chegar
seu olhar mergulhará no meu
e nossas almas se encontrarão.
Ela sentirá, sem que eu precise lhe dizer nada,
que não a quero como minha propriedade,
que amo suas asas tanto quanto as minhas,
que desejo vê-la sempre em paz, com alegria,
crescendo, trabalhando, sonhando,
partilhando tudo issocom seus amigos,
pessoas queridas e também comigocom simplicidade e vôos lindos...
Ela ouvirá a voz suave do meu sentimento puroe ao invés de medo,
se sentirá segura, terá a certeza de poder contar comigo,
de poder dividir não só o bom,
mas também as tristezas,
dores, receios, lágrimascom uma alma-irmã autêntica....

Quando um dia minha amada chegar,
ela acreditará em mim, tanto quanto eu nela.
Se sentirá feliz com minha simples presença tanto quanto eu com a dela.
E em algum momento nos abraçaremos por inteiro,
eu a beijarei com cuidado e ela me ensinará o jeito que prefere...
Não beijaremos apenas os lábios da outra,
mas o seu ser, sua pessoa.
Ela jamais será um objeto para mim,
mas o ser humano belo que é e que amarei também com tudo que sou.
Eu a cobrirei de carinho dos pés à cabeça,
e também em pequenos gestos do dia-a-dia.
Nossos corpos se buscarão no desejo e amor unidos.
Deixarei que percorra meus caminhos mais íntimose ela me mostrará os seus....
Eu a percorrerei sem pressa,
com doçura infinita,beberei do mel de seus seios,
espalharei meu amor por seu corpo inteiro, tocarei seu sexo com suavidade, delizadeza,e em todos os ritmos que ela desejar,
minha boca aprenderá a beber sua seiva até inundá-la de prazer e emoção,
e depois lhe dirá aos ouvidos o quanto eu a amo....
Ela me amará também e me sorrirá quando me ver meio sem jeito,
vai rir carinhosamente ao ver minhas faces em chamas,ao me ver talvez tentar disfarçar meu desejo, minha fome por ela....
E depois de me saciar com seu amor e de me levar pra lugares nunca sonhados, com ela...
talvez perca seu medo das lágrimase se comova ao ver como estarei emocionada...
Então, se aninhará em meus braços e eu nos dela,
e dormiremos tranquilas, tão felizes....
Mas antes lhe direi : "Boa noite, meu amor
E não, não deixarei que nenhum pesadelo a assuste mais!
Gisele De Marie

Assexuadas? Até quando peristirá esta mentira?

Pode parecer incrível, mas a idéia de a mulher ter prazer sexual foi, durante muitos séculos, inadmissível. Mulher não gostar de sexo, então, era considerado um predicado lisonjeiro, a valorizava, e mais, fazia com que fosse considerada feminina, pois eram vistas como seres humanos cuja principal função deveria ser procriar e serem apenas receptoras passivas da atividade sexual masculina.
Estudos e pesquisas sobre a sexualidade feminina são absolutamente recentes. Faz apenas 55 anos que o médico Ernst Grafenberg descreveu, pela primeira vez, um lugar dentro da vagina que é extremamente sensível à pressão intensa e, em sua homenagem, esse ponto passou a chamar-se Ponto G.
Localizado na parede interior da vagina, atrás do osso púbico, mais ou menos a cinco centímetros da entrada do canal vaginal, o Ponto G é muito importante para quem pratica o sexo tântrico, e é conhecido como o ponto da deusa, dado o papel a ele atribuído de trazer as mulheres ao pico do prazer. Na realidade, o Ponto G possui tamanho e localização variáveis de mulher para mulher. Para saber onde se localiza basta imaginar um pequeno relógio dentro da vagina, com o ponteiro das 12 horas apontado para o umbigo. A maioria das mulheres encontrará o Ponto G situado na região entre 11 e 1 hora. O Ponto G e o clitóris são descritos pelos tântricos como pólos de carga sexual – um dentro e outro fora da vagina.
Entretanto, existe uma terrível resistência quanto à existência do ponto em questão, em decorrência dos vestígios ainda latentes das antigas idéias de que as mulheres não devem ter desejos ou reagirem como seres sexuais. Há, inclusive, quem afirme não ser ele real, mas apenas um mito, o que nos leva a crer que algumas pessoas tentem, com essa afirmação, restringir o prazer da mulher. Por outro lado, alguns autores atuais afirmam em seus livros que a mulher só pode ter orgasmo com a estimulação do clitóris.
A essa altura você já deve estar querendo localizar o seu Ponto G, não? Então vamos lá! Você vai perceber que ele se apresenta como uma pequena saliência enrugada, do tamanho de um feijão e que, quando estimulado, começa a intumescer-se, parecendo um pequeno caroço entre os dedos. Para algumas mulheres pode crescer até o tamanho de uma moeda!
Texto by Yáskara
Fonte site:
www.uvanavulva.com.br

À Átis. À Átis.

Não minto, eu me queria morta.
Deixava-me desfeita em lágrimas,
Mas que triste a nossa sina
Eu vou contra a vontade, juro, Sapho.
Seja feliz eu sei, e lembre-se o quanto a quero, ou já esqueceu?
Pois vou lembrar nossos momentos de amor
Quantas grinaldas no seu colo, rosas, violetas, açafrão, traçamos juntas, multiflores, colares para o pescoço de Átis.
Os perfumes nos cabelos, nos olhos, a sua pele em minha pele, cama macia, o amor nascia da sua beleza e eu matava a sua sede.
Cai à lua, caem às pétalas e é meia noite.
O tempo passa e eu só, aqui deitada, desejante.

Sapho - Grécia 700 anos a.C

O que é o LUAS?

O LUAS - Periódico Lésbico Feminista, estabelece como premissa de sua atuação e razão de existência, a busca por um conteúdo informativo e correto, crítico e pluralista, onde todas as pessoas consigam se identificar, se encontrar e enriquecer seus conhecimentos, quanto as lutas, as conquistas e os acontecimentos históricos e recentes do movimento LGBT, pois este é o maior motivo de estarmos aqui!

Por informação correta entendemos ser a descrição de tudo aquilo que é capaz de afetar a vida e os interesses dos que acreditam ser possível um mundo mais igualitário, mais justo e com conteúdo cultural acessível a todas e todos.

Essa descrição dos fatos e acessibilidade da informação é realizada na forma mais sintética, despojada e distanciada possível de partidarismos ou mercadologias, embora não sejamos ingênuas ao ponto de acreditar que seja quase sempre impossível atingir a neutralidade absoluta, até porque a luta está em nossas ações, em nossos corações e nos nossos dias, nos impulsionando a apresentar sempre realisticamente a nossa crítica.

Por conteúdo crítico e pluralista entendemos se tratar dos comentários e análises redigidos por nossas colaboradoras, que conforme suas vivências e convivências criam critérios pessoais que se aliam ao seu domínio prático sobre uma determinada área do conhecimento ou da atividade humana que desenvolvem, então ao escrever transmitem suas habilidades, conhecimentos e opiniões próprias.

Por pluralidade de opiniões sobre os fatos entende-se a publicação de textos, artigos, depoimentos, entrevistas, poesias e etc. que, tomadas em seu conjunto, funcionem como uma reprodução mais ou menos fiel da forma pela qual as opiniões existem e se distribuem no interior da sociedade e nas ações do movimento LGBT.

Se o LUAS se satisfizer apenas em narrar os fatos sem se colocar em algum lugar fazendo sua crítica, nunca passará de um mero repositório, sem forma nem vontade, das opiniões que a sociedade vai produzindo e do preconceito que vai reproduzindo.
É por isso que acreditamos ser necessário que o LUAS, sem discriminar as opiniões diversas, sempre aberto a críticas, incentivador de diálogos, e porque não dizer, se necessário, estimulador de polêmicas e discussões, tenha suas próprias convicções sobre os fatos e os problemas apresentados.

Nossos textos transformam o LUAS em um ser ativo, um veículo condutor de opiniões, com uma identidade visível e um papel informativo a desempenhar.

Sua divulgação tem a finalidade de tornar público os valores e instrumentos por meio dos quais pretende o movimento LGBT, em suas lutas, fomentar conquistas e fortalecer ações contra a lesbofobia e a homofobia.

Para todas e todos que nos lêem nosso muito obrigado!

Presente de Um aninho do LUAS o Blogg


comemorar 1 ano do JORNAL LUAS
é comemorar, a amizade, união, partilha de poesias, leveza, espaço, suavidade, maturidade, crescimento, liberdade, diálogo, amor, descobertas,desejos, musicas, compreensão, cuidado, sol, lua, chuva, cores, afeto, belas imagens, discussões muitas, conversas, novas amizades, respeito, desejo de continuar escrevendo a nossa historia com leveza e amor.
Comemorar um ano de muita sintonia , amizade união entre mulheres lutadoras militantes
Desejos muitos... de dar sentido e vôos aos nossos sonhos...
Sonhos coloridos, diversos, diferentes mas como mesmo sentimento de partilhar saberes melodia e poesia.
Um ano com muitas historia, descobertas, aprendizagem, muitos desafios...
Não é fácil compartilhar projetos de vida, dividir o mesmos sonhos..compreender a outra, enxergar suas dificuldades, entender as fraquezas, saber ceder, deixar o orgulho de lado saber ouvi a opinião da outra e ter a coragem de assumir os erros...e ta lá com as mãos estendidas para quando a outra cair ajudar a levantar e caminhar juntas...
É foi um ano especial para o LUAS, porem mais importante a gente ...que tanto escreveu, aprendeu...que tanto amou! Discutiu...rsrsr
Sempre lembro quantas pessoas convidei para fazer essa historia do jornal..e foi poucas as que topou doidice comigo..doidice boa gostosa, prazerosa...è muito bom te vocês do meu lado...hoje mesmo a distante geograficamente...sinto vocês, amo muito tudo isso que a gente construiu...
E nesse mês tenho que parabenizar a todas pela força e energia pelo companheirismo, a amizade, os poemas, o amor...vocês me faz muito feliz..Obrigada... E presente a esse aninho do JORNAL LUAS, um blogg especial..espero que gostem da supresa.
Elisangela Cordeiro