sexta-feira, 30 de novembro de 2007

À Átis. À Átis.

Não minto, eu me queria morta.
Deixava-me desfeita em lágrimas,
Mas que triste a nossa sina
Eu vou contra a vontade, juro, Sapho.
Seja feliz eu sei, e lembre-se o quanto a quero, ou já esqueceu?
Pois vou lembrar nossos momentos de amor
Quantas grinaldas no seu colo, rosas, violetas, açafrão, traçamos juntas, multiflores, colares para o pescoço de Átis.
Os perfumes nos cabelos, nos olhos, a sua pele em minha pele, cama macia, o amor nascia da sua beleza e eu matava a sua sede.
Cai à lua, caem às pétalas e é meia noite.
O tempo passa e eu só, aqui deitada, desejante.

Sapho - Grécia 700 anos a.C

Nenhum comentário: